quinta-feira, 9 de julho de 2009

Escola, professores e educação de qualidade

Relações entre a função social da escola, o trabalho dos professores e o currículo na construção da educação de qualidade para todos

Pode-se dizer que o currículo imprime uma identidade à escola e aos que dela participam. Permite, ainda, perceber que o conhecimento trabalhado no ambiente escolar extrapola os limites escolares para a sociedade, mediante a ação dos que compartilham a vida escolar, apropriando-se dos conhecimentos sociais. Assim, quando falamos de currículo, estamos nos referindo ao complexo processo sócio cultural que fez da escola um dos mais importantes meios de compreensão e reprodução dos conhecimentos produzidos pela humanidade. Para o currículo convergem as múltiplas dimensões que constituem as identidades constitutivas do gênero humano. No currículo, relações de poder, ideologias e culturas são afirmadas ou negadas. O currículo pode ser um instrumento de inclusão ou exclusão, toda escola exercita um currículo. Consciente ou inconscientemente, os que atuam no contexto escolar estão envolvidos diretamente nas tramas que forjam as identidades humanas.
O currículo escolar traduz marcas impressas de uma cultura nem sempre visíveis, mas que estão latentes nas relações sociais de uma época. Essa cultura reflete aceitação ou negação de determinados mecanismos de reprodução social. Uma possibilidade de concretizar avanços no sentido de superar uma visão estreita de currículo é o caminho do debate a respeito da lógica curricular que aprisiona o trabalho pedagógico em nossas escolas restringindo-o, muitas vezes, a uma frustrante tentativa de socializar aspectos das culturas tradicionalmente hegemônicas, ao mesmo tempo, relegando a um plano secundário os sinais das culturas oprimidas, que teimam em resistir à massificação imposta por "valores" dominantes. Como bem disse Paulo Freire, aos educadores cabe o dever e o direito de mudar o mundo.
O currículo não se trata apenas um documento escrito, onde as palavras não cumprem a função de orientar a prática ou concretizar o planejamento. A educação que nós devemos propor e buscar, é a educação para a vida, para o dia-a-dia, para o ser. Nosso objetivo deve ser o de trabalhar a formação do nosso aluno de maneira que ele seja durante todo o processo, estimulado em sua competência como pessoa e cidadão consciente de seus valores, suas capacidades, seus direitos e deveres dentro de uma sociedade que deve atender a todos em suas necessidades. É um trabalho amplo e profundo que se pautará pela responsabilidade e pelo conhecimento, Trabalho que só poderá ser desenvolvido por uma dades. dos professores e o curr?
equipe de profissionais e por parcerias com a família e comunidade onde estamos inseridos. O aluno de hoje deve ser capaz de assimilar novos conhecimentos a partir do que já possui e saber interpreta-los, usando, para isso, os meios complementares de informação e apoio para realizar a própria aprendizagem sem precisar recorrer a ajuda externa. Atuando em um modelo educacional onde priorizamos a participação construtiva do aluno no processo de aprendizagem, o papel do professor como mediador do conhecimento e o comprometimento dos pais na educação de seus filhos, passamos a transformar nossos alunos em protagonistas de suas próprias aprendizagens, onde o principal objetivo é capacita-los a “aprender a aprender”. Suas vivências acumuladas, fora e dentro da escola, tornam-se a matéria-prima necessária para a construção do saber. O conhecimento, para nós, é tratado como um processo contínuo e interligado e que não acontece somente num lugar, a escola; não dependendo apenas de uma pessoa, o professor; e nem de um único instrumento, o livro. É nesse ambiente de valorização do ser humano, de entendimento sobre a importância do seu papel no processo de ensino-aprendizagem, de integração, de situações desafios, de questionamentos que a Escola GBI, busca estimular o raciocínio do aluno, fazendo com que ele descubra que precisa “ser” e “saber” para transformar-se numa pessoa capaz de se adaptar numa sociedade dinâmica e vencer os desafios da vida. É uma proposta que trás em suas entrelinhas a preocupação com o afetivo, condição indispensável para o desenvolvimento racional, social, emocional e espiritual. Antes de tentar colocar isso em prática, no entanto, é preciso entender o que significam cada uma dessas dimensões. A dimensão racional é a que usamos para definir nossos objetivos. Já o social significa que somos interdependentes e, por isso, precisamos aprender a conviver com a diversidade. A dimensão emocional está ligada ao impacto que nossas ações provocam nos outros, enquanto o espiritual significa crer em algo que transcende o material e dá sentido à vida.
Esta preocupação também se estende aos pais, mais diretamente ao trabalho de envolvê-los em nossos projetos buscando conhecê-los cada vez mais e melhor, em seus anseios, medos e expectativas. Entendemos que este conhecimento é o caminho para a compreensão de suas atitudes e posturas frente ao trabalho desenvolvido pela escola hoje, estimulando nós pais a valorização do momento presente como condição indispensável para um vir a ser de qualidade não só no ambiente acadêmico do qual a criança fará parte por muito tempo, mas para sua vida diária

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.